quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Dezembro.

Não lhe incomoda passar tempo sozinha. Em casa, na rua. Não a tormenta estar sozinha dias a fio. A menos que haja alguma angustia não resolvida. 

Mas, às vezes, Vênus a visita. E ela quer ser tocada. Por uma hora ou duas e está bem. Mas há que ser um toque resoluto. Firme. Não se trata de ser forte, pesado, afoito. Não. Trata-se de um toque determinado. Um toque que não queria estar em nenhum outro lugar. Uma espécie de adoração fervorosa por um breve período. Focada. Uma embriaguez que, diferente das demais, não se deixa perder. Ao contrário, se aprofunda num unico lugar.  Em um unico corpo. O meu.

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