Eles disseram que quando eu chegasse aos trinta e poucos, eu iria olhar para trás e achar tudo aquilo uma bobeira. Todo o desespero ao abrir uma janela ou olhar num olho. Tudo aquilo iria parecer pequeno, desimportante.
Pois bem, eu ainda sou aquela menina que tomou um semi fora do primeiro beijo e, sentada na calçada de esquina, eu me sentia mais pesada que todo o cimento do mundo, ao vê-lo pegar rabeira de patins numa kombi que vendia leite.
Pois bem, eu ainda sou aquela mulher que diante de ser largada pelo seu grande amor, decidiu sair do país e buscar outra de si.
Eles disseram. Eu acreditei. Mas acho que quando a gente é assim, pequeno, é só o que nos resta: acreditar.
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